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Gulbenkian extingue Serviço de Belas-Artes mas mantém apoios em novo programa

O fim do serviço, criado há 50 anos pela fundação para apoiar as artes plásticas, visuais e performativas, é noticiado na edição de hoje do jornal Público, que recorda a extinção do Ballet Gulbenkian em 2006, no âmbito de uma reestruturação que a instituição tem levado a cabo.

 

Contactada pela agência Lusa, Elisabete Caramelo, responsável pelo serviço de comunicação da fundação, afirmou que o fim do Serviço de Belas-Artes "não significa um desinvestimento na área, porque os apoios financeiros vão ser mantidos".

"O director do serviço, Manuel da Costa Cabral, vai aposentar-se no final do ano, e a Gulbenkian decidiu distribuir as valências do Serviço de Belas-Artes por várias áreas", indicou.

Acrescentou que a mudança acontece "no âmbito de uma reorganização interna da actividade da fundação no domínio do apoio às artes".

Precisou ainda que o serviço deixa de existir, mas será criado o Programa Gulbenkian de Artes Performativas, coordenado por António Caldeira Pires - que já era consultor da instituição - para as áreas do teatro, cinema e dança.

Por outro lado, todos os apoios na área das artes plásticas e visuais vão regressar ao Centro de Arte Moderna (CAM) da Gulbenkian, dirigido actualmente por Isabel Carlos.

Quanto aos projectos subsidiados na área da arqueologia ficarão a cargo do Serviço de Educação e Bolsas, e os prémios Gulbenkian Arte e Vasco Vilalva, na área da recuperação e valorização do património, passarão directamente para a tutela do gabinete do presidente da Fundação Gulbenkian, Rui Vilar.

Elisabete Caramelo indicou que, tal como os outros programas da fundação, este terá uma duração de três anos, iniciando-se em 2011, até 2013, altura em que será reavaliado, "tal como os outros programas".

Questionada sobre o valor do apoio financeiro total atribuído às actividades artísticas, indicou que em 2011 atingirá 1,1 milhões de euros, o mesmo montante de 2010.

"As bolsas e apoios mantêm-se. Os artistas não vão ser afectados", garantiu, comentando que "infelizmente, perdem um interlocutor, que era o director do serviço, porque se vai reformar".

Manuel da Costa Cabral, 70 anos, licenciado em pintura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (ESBAL), trabalhou como designer de exposições e professor de arte.

Em 1973 foi co-fundador da Escola Ar.Co -- Centro de Arte e Comunicação Visual, em Lisboa, onde esteve durante vinte anos, e em 1974 tornou-se director do Serviço de Belas-Artes da Fundação Calouste Gulbenkian.

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