Quase um ano depois do despacho do Governo, as bombas de insulina de última geração ainda não foram sequer compradas. A Sociedade Portuguesa de Diabetologia critica o processo burocrático e demorado que traz consequências para os doentes que vivem com diabetes tipo 1. O Ministério da Saúde diz que o atraso decorre de um problema de mercado.
Os aparelhos funcionam como um pâncreas artificial e asseguram um maior controlo da doença.
Já deviam estar a ser colocados, de forma faseada, a um universo de 15 mil pessoas com diabetes tipo 1, em que há uma dependência total de insulina.
Até agora, nenhum destes equipamentos foi sequer comprado pelo Ministério da Saúde que, à SIC, sublinha que o programa vai decorrer no prazo previsto, tal como prevê o despacho, a aplicar num prazo de três anos até 2026.
A Sociedade Portuguesa de Diabetologia não está tão otimista.
O gabinete de Manuel Pizarro reconhece que houve um revés na aquisição destas bombas de insulina de última geração porque até há poucos meses havia uma situação de monopólio que era incompatível com a dimensão deste programa.
A tutela acrescenta que, entretanto, foram contactados outros fabricantes europeus, o que vai permitir a realização de um concurso público em condições de efetiva concorrência.
Atualmente, há cerca de 4 mil portugueses com diabetes tipo 1 a utilizar bombas de insulina convencionais, totalmente comparticipadas pelo SNS, mas que não têm um sistema de perfusão de insulina contínua, como têm as chamadas bombas inteligentes.