Saúde e Bem-estar

Guia para um verão tranquilo: atenção aos perigos e às dicas

O começo do verão assinala várias alegrias como férias, idas à praia, piqueniques, mais horas de sol, entre outros. No entanto, no meio da diversão, existem alguns riscos a ter em conta como os perigos do sol, da e na água. Aqui fica um guia para um verão e férias tranquilas.

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Maria Madalena Freire

O verão chegou e, com ele, o sol prolonga-se, os banhos multiplicam-se e a exposição a certos perigos aumenta. Não é querer ser desmancha-prazeres, mas para não estragar esta época, onde muitos se refugiam e reservam alguns dias de pausa para relaxar, existem alguns perigos e conselhos a ter em conta.

Os bichos "invisíveis" do mar e do ar

O primeiro perigo em ter em conta são os peixe-aranha. Estes peixes são uma espécie bastante presente na costa portuguesa e o risco de sermos picados, com idas à praia e banhos no mar, aumenta.

Conforme informa o Hospital da Luz, os peixe-aranha escondem-se na areia, sendo animais invisíveis a olho nu e, por isso, é fácil de se ser picado, pois não existe alternativa de saber se estamos a pôr o pé "a jeito".

Normalmente, os peixe-aranha estão presentes na zona onde há pé, mesmo à beira-mar e, uma das primeiras precauções que se pode ter é usar sapatos específicos para o banho, com sola de plástico.

Quando se é picado, a dor não é aguda, até podemos confundir o toque com o pisar de uma concha pontiaguda. A dor suave, no entanto, torna-se aguda passado um tempo, com alterações na pele: inchaço e vermelhidão.

O que fazer?

Os conselhos do Hospital da Luz é manter a calma e chamar o nadador-salvador. Caso a praia não seja vigiada, é importante colocar a zona da picada na areia quente. De seguida, é importante colocar o pé em água muito quente – sem queimar – durante 30 minutos.

O veneno será lentamente anulado com a alta temperatura, mas ainda é preciso verificar se, com a picada, ficou algum espinho do peixe-aranha no pé. Se sim, é só necessário removê-lo com uma pinça.

Após isto, desinfete a zona picada.

Outro animal a ter em atenção quando tomamos banho é a caravela-portuguesa, que é mais visível que o anterior, sendo que flutua na água.

Segundo o Hospital da Luz, a caravela portuguesa tem uma bolsa “cheia de gás de cor roxa e azulada e tentáculos, que tornam a sua picada muito dolorosa e passível de provocar queimaduras graves. Tem tendência para permanecer à superfície das águas em horas de sol menos intenso".

A sensação que se tem no contacto com uma caravela-portuguesa é de queimadura, podendo ser mais ou menos grave dependendo do tamanho dos tentáculos.

O primeiro passo é contactar o nadador-salvador, mas se se tiver numa praia não vigiada o Hospital da Luz aconselha o seguinte:

  • Lavar a zona afetada com água do mar, com cuidado e sem esfregar;
  • Remover os fragmentos de tentáculos que tenham ficado na vítima. Para isso, use luvas, uma pinça de plástico, soro fisiológico ou água do mar.
  • Aplique bandas quentes ou outra fonte de calor na região afetada durante cerca de 20 minutos para ajudar a aliviar a dor e a inflamação.
  • Aplique uma camada fina de pomada própria para queimaduras.

Por fim, os mosquitos.

Na maioria dos casos, as picadas dos mosquitos são inofensivas, se não houver alergia associada, mas podem ser bastante incomodativas e estragar os dias de descontração.

O Hospital da Luz aconselha, em casos de picada, que lave a zona com água fria e sabão, mantenha-a limpa e não coce. É importante também que a zona afetada esteja mais elevada e se aplique frio no local para diminuir a temperatura e o inchaço, por exemplo gelo envolvido numa compressa ou num pano limpo.

Depois pode aplicar "uma pomada antialérgica de venda livre ou loção calmante com calamina para aliviar a comichão e, se necessário, tome um analgésico de venda livre, por exemplo paracetamol (sempre que não exista contraindicação), para controlar a dor".

O sol em demasia

Com o verão, prolongam-se os dias, o sol e a aumenta a sua intensidade. Sabe bem bronzear, sentir o calor na pele, mas é importante sabermos os riscos associados a longas exposições ao sol e calor.

Neste caso, o INEM informa sobre os sinais e sintomas de insolação, que surgem de um período longo exposto ao sol e calor sem hidratação e refresco como dores de cabeça intensa, pele muito seca e quente, temperatura corporal acima dos 40ºC, entre outros.

O que se pode fazer? A doutora Margarida Graça Santos já fez algumas recomendações como ligar imediatamente 112, levar a vítima para um local fresco, sente-a ou deite-a e dispa-a e refresque-a.

O sol também nos pode impactar de diferentes formas e, por isso, o protetor solar é imprescindível. Também a ingestão de determinados alimentos pode também ser um importante fator para a proteção da pele da radiação ultravioleta (UV), que favorece alterações cutâneas na origem de doenças como o cancro da pele.

Confira aqui os 10 alimentos, como o tomate e os espargos, que são verdadeiros aliados na prevenção.

Da mesma forma, a luminosidade e intensidade do sol podem se fazer sentir nos olhos, não logo no imediato, mas também a médio e longo prazo. Por isso, existem sete conselhos de como proteger os seus olhos olhos do sol este verão.

A água, sem cuidados

Os acidentes de mergulho são uma das principais causas de lesão na coluna.

Os mergulhos mal calculados frequentes durante o verão, tanto nas piscinas como nas praias, têm muitas vezes consequências graves e permanentes, lesões na coluna que podem mesmo ser fatais ou acarretar sérias limitações para o resto da vida, como explica o neurocirurgião Bruno Santiago, presidente da SPPCV, em comunicado enviado às redações.

Caso se lesione na coluna, existem sintomas que o comprovam como falta de força, incapacidade de mover braços ou pernas, formigueiro ou dormência nos membros, perda de controlo da bexiga ou intestinos, entre outros.

A prevenção destes acidentes, também é possível, tendo de se ter em conta um conjunto de circunstâncias para se mergulhar em segurança, como verificar a profundidade do local e não mergulhar em águas rasas com menos do dobro da altura, mergulhar apenas em locais vigiados e iluminados, no mar, não mergulhar de cabeça, entrar sempre primeiro a andar.

Em caso de um acidente, tem de se comunicar ao 112 e não se deve mover a vítima, qualquer que seja a circunstância.

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