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Como será o futuro da Saúde nos próximos anos? "A Inteligência Artificial é o caminho a seguir"

No habitual espaço de análise na SIC Notícias, Francisco Goiana da Silva analisa o clima de instabilidade na ULS Amadora-Sintra. O médico e comentador fala também da importância da Inteligência Artificial no setor da Saúde e exige uma solução por parte de Ana Paula Martins depois da Sword Health ter recuado na ajuda ao INEM.

Francisco Goiana da Silva

Mariana Jerónimo

Na última semana, o clima de tensão aumentou no Amadora-Sintra com a demissão do diretor de urgência e de vários elementos do Conselho de Administração da ULS. A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, que esta segunda-feira se reuniu com a Ordem dos Médicos, prometeu um plano para os problemas, mas sem avançar datas.

Francisco Goiana da Silva recorda que, nos últimos anos, ocorreram vários eventos que alimentaram o clima de instabilidade dentro do Amadora-Sintra: acusação de bullying não confirmada, novos Conselhos de Administração, demissões, entre outros.

O médico e comentador da SIC considera que tanto o Ministério da Saúde como a ministra Ana Paula Martins deveriam ter atuado previamente para salvar o Conselho de Administração.

"O Serviço Nacional de Saúde (SNS) perdeu muito com esta demissão", frisou Francisco Goiana da Silva.

Sword Health recua no apoio ao INEM

O unicórnio português Sword Health anunciou em novembro do ano passado que queria oferecer uma solução de Inteligência Artificial para a falta de técnicos de emergência pré-hospitalar no atendimento telefónico do INEM. No entanto, a empresa unicórnio queixou-se da fragilidade do sistema de informação do instituto e antecipou um colapso.

Mas quais os benefícios da utilização da Inteligência Artificial na Saúde? Francisco Goiana da Silva menciona um estudo da Harvard Business School que revela que este tipo de ferramentas pode "melhorar a performance dos profissionais altamente especializados em 40%, face aos não utilizadores."

"A Inteligência Artificial é o caminho a seguir", frisa.

"Que a ministra da Saúde chegue, chame ambas as partes e consiga garantir que não se perde todo o trabalho desenvolvido e que esta ferramenta de IA possa ser colocada ao serviço dos técnicos do INEM para que se possam focar naquilo que é realmente essencial", acrescenta.

Destaca ainda a existência de mais de 200 ferramentas de Inteligência Artificial desenvolvidas e aplicadas em países como os Estados Unidos no setor da Saúde.

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