José Sócrates e Carlos Santos Silva foram pronunciados por três crimes de branqueamento, no mini processo que saiu da Operação Marquês.
Na leitura da decisão instrutória, a juíza disse haver "consistentes indícios" da prática dos crimes e da probabilidade de serem condenados, nomeadamente pela utilização de pessoas e sociedades para a passagem do dinheiro para as mãos do antigo primeiro-ministro.
A juíza de instrução criminal entendeu que estes crimes devem ser julgados juntamente com o processo principal, cujo julgamento tem data marcada para 3 de julho.
Testas-de-ferro de José Sócrates?
Em causa, recorde-se, está a alegada utilização pelos arguidos, entre 2011 e 2014, de contas bancárias de uma sociedade controlada por Carlos Santos Silva, da mulher deste e do motorista de José Sócrates, para entrarem na esfera do antigo primeiro-ministro montantes com origem ilícita.
Segundo a acusação do Ministério Público, com data de 2017, o empresário e amigo do antigo chefe de Governo (2005-2011) terá sido um dos testas-de-ferro a que José Sócrates terá recorrido para ocultar montantes com os quais terá sido corrompido para beneficiar o Grupo Lena, o Grupo Espírito Santo e o grupo Vale do Lobo.
Ficha Técnica:
Jornalistas: Amélia Moura Ramos, Luís Garriapa e Sara Antunes de Oliveira
Repórter de Imagem: João Lúcio
Edição de Imagem: Tiago Martins
Grafismo: César Ribeir e Luís Bispo
Colorista: José Dias
Produção: Ana Marisa Silva
Pós-pordução áudio: Edgar Keats