São espaços legais adaptados a quem fuma e injeta drogas ilícitas levadas por quem as vai usar e apenas para consumo próprio.
Nas salas trabalham assistentes sociais, enfermeiros e os chamados pares, pessoas que já consumiram drogas diariamente e que hoje são adictos à recuperação. Estão todos nos espaços para facilitar os consumos, garantir segurança e higiene no uso dos materiais de consumo, prevenir e ajudar no caso de overdose.
Em duas das salas de consumo é ainda possível tomar duche e em todas há refeições ligeiras, consultas médicas e respostas para questões como busca de emprego, de habitação e encaminhamento para tratamento, caso seja essa a vontade do consumidor.
Na sala de consumo do Porto, a equipa técnica e consumidores de drogas queixam-se de falta de espaço.
A APDES (Agência Piaget para o Desenvolvimento) garante que já deu conta dessa inquietação à Câmara Municipal do Porto que, no entanto, prefere falar na abertura de mais salas no grande Porto em vez do aumento da que já existe.
A que está de portas aberta desde agosto de 2022 é gerida pelo consórcio "Um Porto Seguro" do qual fazem parte a SAOM (Serviços de Assistência Organizações de Maria), a Arrimo (Organização Cooperativa para Desenvolvimento Social e Comunitário), a Cruz Vermelha Portuguesa Porto e a APF (Associação para o Planeamento da Família).
Para quem usa aquela sala ela é, tantas vezes, o único "porto de abrigo". Só lhe falta ter onde abrigar mais os que a procuram.