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Mais Mundo: a exaltação da arte no Iraque e o 'doce-amargo' empreendedorismo na Costa do Marfim

Se no sul do Iraque há um café que é um espaço de liberdade e experimentação da arte, na Costa do Marfim uma planta originária da América do Sul fez com que aquele país se tornasse no maior produtor de cacau da atualidade.

SIC Notícias

Situada na ponta sul do Iraque, Baçorá é local milenar para conflitos mas também para o cruzamento de culturas. Num recanto desta metrópole escaldante de milhão e meio de habitantes surgiu um oásis: um café onde a atividade principal é a arte.

O quadro de Picasso que foi um grito de revolta contra a Guerra Civil Espanhola é a única referência, e mesmo assim indireta, a guerras e conflitos, num espaço que se quer de paz, interajuda e comunidade.

Para além das bebidas aqui serve-se outro tipo de produtos. Tintas, pincéis, telas em branco, preenchidas pela criatividade e pela inspiração dos clientes.

Um espaço de liberdade e experimentação que por vezes se assemelha mais a uma academia ou a uma escola de Belas Artes.

A planta é originária da América do Sul, mas as voltas do mundo fizeram com que o maior produtor de cacau da atualidade seja a Costa do Marfim.

A bebida amarga antes apenas consumida pela nobreza azteca cedo chamou a atenção dos colonizadores europeus, que foram progressivamente experimentando novas receitas até inventar o chocolate. Mas o segredo permaneceu nas mãos dos europeus.

Chocovi é uma das poucas empresas locais a produzir o tão desejado chocolate, cujo sabor é desconhecido pela generalidade dos trabalhadores das roças do cacau apesar da omnipresença do cacaueiro.

Uma paixão partilhada pelo mundo inteiro, mas cujo comércio mundial é controlado sobretudo por gigantes da Europa e dos Estados Unidos.

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