São os últimos representantes das grandes manadas de mamíferos que em tempos percorriam as savanas africanas. Dos milhões de elefantes africanos que existiriam antes da colonização europeia, restam agora apenas alguns milhares, distribuídos por um território que mais parece uma manta de retalhos.
Os esforços de conservação de países como o Quénia ou o Gabão - cuja sustentabilidade assenta no turismo - esbarram com as políticas da Tanzânia, Botsuana ou África do Sul, que continuam a aceitar o dinheiro dos caçadores de troféus.
Dividido entre o Quénia e a Tanzânia, o parque natural de Ambroseli é território para os maasai e para alguns dos elefantes com as maiores presas de marfim.
Atraídos pelas presas de marfim e pela possibilidade de tirar fotografias juntos ao cadáver dos animais abatidos, os caçadores esperam-nos junto à fronteira do Quénia e perseguem-nos através do sinal de GPS emitido pelas coleiras.
Mas este não é o único fenómeno negativo a ameaçar as espécies animais no Quénia. O branqueamento de corais também preocupa. Só no Quénia, mais de metade dos recifes da costa de Mombaça perderam a cor.
O branqueamento dos corais deve-se sobretudo à subida da temperatura da água do mar, que destrói o mecanismo de simbiose entre corais e microalgas. Mas há mais fatores: as tempestades cada vez mais frequentes, a acidificação dos oceanos e a poluição.
Os cientistas têm feito campanhas junto da população local para mudar hábitos. Só assim será possível travar a morte dos recifes de coral.