Essencial

"Não desistimos de ti": quando as doenças mentais graves são tratadas 'ao domicílio'

As pessoas com doença mental grave vivem muitas vezes sozinhas ou isoladas, sem capacidade para organizarem o dia a dia. A pensar nestes casos, foram criadas equipas de apoio ao domicílio que fazem visitas regulares a estes doentes. Neste episódio do "Essencial", acompanhamos o dia a dia destes técnicos no Algarve, uma das regiões do país onde continuam a faltar respostas na área da saúde mental.

Conceição Lino

Ana Lúcia Martins

A casa do Povo de Messines é pioneira na resposta em 'saúde mental ao domicílio' no Algarve. Terapeutas ocupacionais, educadores e assistentes sociais, técnicos de intervenção, psicólogos e um enfermeiro especialista saúde mental fazem parte da equipa. Desde 2020, dão apoio a 14 pessoas com doença mental grave como esquizofrenia, depressão ou transtorno bipolar, para que ganhem mais autonomia e mais qualidade de vida.

No país, há 13 equipas de serviço domiciliário inseridas nos cuidados continuados integrados de saúde mental. O trabalho passa por ajudar a manter ou recuperar as competências do doente, promover a autonomia e a relação com os outros e permite que os doentes possam estar em casa e não num hospital ou numa instituição.

Os profissionais levam aos doentes a atenção e a dedicação que falta muitas vezes a familiares, amigos, vizinhos. Independentemente da gravidade ou da complexidade de cada caso, o papel de cada um pode fazer a diferença e aliviar o fardo da doença, num país que ainda está longe de considerar estes casos uma prioridade.

Ficha Técnica

Coordenação editorial: Conceição Lino

Jornalista: Ana Lúcia Martins

Imagem: Romeu Carvalho, Paulo Cepa, 4KFLY

Edição de Imagem: Marisabel Neto

Produção: Rita Pádua

Grafismo: Sara Almeida, João Vaz Oliveira, Rui Silva, Rolando Arrifana e Walid Saleh

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