Cartaz

"A tecnologia surge no meu trabalho como algo que vem maximizar as minhas possibilidades criativas"

A coreógrafa e bailarina Lua Carreira vai apresentar uma nova performance, esta sexta-feira e sábado, em Lisboa. "Black Sun" cruza o corpo, com a luz e som através de tecnologia.

Cristiana Reis

Euclides Semedo

Daniel Fernandes

Há dois anos e meio, Lua Carreira teve contacto, pela primeira vez, com uns sensores. A coreógrafa e bailarina de 27 anos, logo percebeu que podiam ser úteis na concretização do seu trabalho.

Em entrevista à SIC, explica: “A tecnologia surge no meu trabalho criativo como um potenciador, como algo que vem maximizar as minhas possibilidades criativas. Tendo em conta que o meu 'medium' é o corpo e que eu, durante muito tempo, passava horas e horas no estúdio a trabalhar, a analisar e a perceber como é que o meu corpo podia ser um canal criativo.”

A vontade de desenvolver a parte emocional ligada à tecnologia, levou à criação de uma nova performance.

O espectáculo tem uma base musical à qual são adicionados sons são adicionados através dos movimentos feitos com os sensores, ao vivo. É esta a dinâmica de "Black Sun".

"'Black Sun' é um eclipse e é, também, um buraco negro. Portanto, existe uma componente bastante negra, nesta peça. Mas que é positiva, não é apocalíptica. É uma necessidade, se calhar, de falar de certas questões emocionais que eu passei ao longo deste processo. Foi o canal que eu senti que a nível emocional e psicológico me poderia ajudar."

A performance "Black Sun" é apresentada esta sexta-feira e no sábado no espaço Mono, em Lisboa, e a 11 e 12 de abril no Zabra, também na capital.

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