Com Armie Hammer e Timothée Chalamet nos papéis centrais, “Chama-me pelo Teu Nome” parte da experiência de um estudioso de arqueologia na Itália da década de 1980 e do seu encontro amoroso com um jovem de 17 anos. Já várias vezes consagrado na actual temporada de prémios — foi eleito melhor filme do ano nos Gotham Awards (cinema independente) —, o filme reflecte a trajectória criativa de Luca Guadagnino, apostado em reinventar os valores clássicos do cinema romântico, depois de “Eu Sou o Amor” (2009) e “Mergulho Profundo” (2015).
Baseado no romance “Mudbound”, de Hillary Jordan, “As Lamas do Mississipi” faz o retrato de dois jovens, um branco, outro negro, que estiveram nos combates da Segunda Guerra Mundial — ao regressarem ao Mississipi, deparam com um mundo em que, afinal, as componentes racistas não foram alteradas. Dirigido por Dee Rees, este é um dos títulos fundamentais no mais recente cinema americano marcado pelas memórias dos afro-americanos.
“Uma Mulher Não Chora”, de Fatih Akin, aborda a tragédia íntima de uma mulher que perdeu o marido e o filho num ataque terrorista. Em registo de “thriller”, o filme centra-se numa vibrante composição de Diane Kruger que, aliás, lhe valeu o prémio de interpretação feminina no Festival de Cannes.
“Caminha Comigo” (2017), de Mark J. Francis e Max Pugh, dá a ver a vida quotidiana da comunidade de reflexão fundada em França pelo monge vietnamita Thich Nhat Hanh — um documentário invulgar, já disponível em DVD, com narração de Benedict Cumberbatch.
* Banda sonora: “Chama-me pelo Teu Nome” (2017), de Luca Guadagnino
> “Mystery of Love”, Sufjan Stevens