Educação

Estudo revela que professores mais jovens são os que mais ponderam abandonar a profissão

Um em cada cinco professores pondera abandonar a profissão, mas, quando falamos dos professores mais jovens, esse valor sobe para metade. Estas são as principais conclusões de um estudo apresentado esta quinta-feira.

Carolina Reis

Diogo Sentieiro

Paulo Tavares

A ideia era transformar em dados o que pensam e sentem os professores. Numa época marcada por protestos constantes, há um número que chama a atenção. A esmagadora maioria escolheu esta profissão e voltaria a fazê-lo.

"É algo bom de se saber. É reconfortante saber que estas pessoas, que têm um impacto enorme na vida das nossas crianças, estão lá porque gostam muito", diz Miguel Herdade.

Mas a vocação não chega. Um em cada cinco dos mais velhos pensa em deixar a profissão, uma percentagem que sobe para metade entre os mais novos. Um número preocupante numa altura em que faltam quase cinco mil professores nas escolas.

"Se calhar o nosso futuro está comprometido, sobretudo num momento em que tantos professores mais velhos se vão reformar e vão ser precisos professores mais novos. Queixam-se, e com razão, da saúde mental, dos problemas sociais, da violência na escola e famílias e da subnutrição sobretudo nas escolas mais desfavorecidas", acrescenta.

É preciso uma reforma para combater os baixos salários, a burocracia e o peso dos problemas sociais. O estudo diz ainda que 42% dos professores da escola privada ponderam mudar para a escola pública. Uma das razões apontadas é que é a formação contínua.

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