Educação

Governo pondera acabar com a devolução das propinas no Ensino Superior

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, diz que o IRS Jovem é uma medida "muito mais potente" e é preciso decidir se vale a pena ter, em simultâneo, dois mecanismos de apoio aos jovens.

Ana Luísa Galvão

Ana Geraldes

Vítor Caldas

Eduardo Horta

O Governo fez as contas à devolução das propinas e chegou à conclusão que a medida, em 2027, teria um impacto orçamental de 500 milhões de euros. Estes 500 milhões de euros, daqui a dois anos, podem significar já o fim do prémio salarial para incentivar a fixação dos jovens no país.

"O Governo não tomou ate ao momento ainda nenhuma decisão sobre esse mecanismo, mas sim está a ponderar se faz sentido e em que termos a manutenção da acumulação [da devolução das propinas] com um IRS Jovem, que agora é muito mais longo na duração e expressivo no ganho para os jovens", referiu António Leitão Amaro.

No debate quinzenal, esta quarta-feira, o primeiro-ministro já tinha sido questionado por Pedro Nuno Santos. Luís Montenegro, no Parlamento, não chegou a responder, mas pelas explicações do ministro da Presidência, é fácil perceber que a devolução das propinas tem os dias contados.

"Nós passamos de dois instrumentos pequeninos para um IRS Jovem potente, forte, grande. Portanto sim, estamos a avaliar a acumulação ou não e os termos em que podem ocorrer", acrescentou.

No ano passado, cerca de 160 mil jovens pediram a devolução das propinas. Este ano, outros tantos podem agora ficar com as expectativas goradas.

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