Educação

Manuais escolares gratuitos estão a ser negados a alunos do 4º ano

Informação contraditória sobre a devolução de manuais escolares do 1º ciclo está a gerar confusão. Pais pedem clarificação do Ministério da Educação.

SIC Notícias

Há famílias que não estão a conseguir ter acesso aos manuais escolares gratuitos do 4º ano, porque devolveram os livros antigos com marcas de uso e agora não podem recebê-los para o novo ano escolar.

Em outubro do ano passado, estava o ano letivo no início, quando os professores quiseram saber se os manuais tinham de ser devolvidos pelas famílias no final para saber que uso lhes dar.

A equipa que gere os vouchers e as devoluções no Ministério da Educação enviou um e-mail, que a SIC teve acesso, a garantir que os alunos do 1º ciclo não precisavam de devolver os manuais no final do ano letivo.

"Têm espaços vazios, são para escrever. Têm autocolantes, têm destacáveis, têm material para recortar para uma utilização normal e plena do manual inviabiliza a reutilização. Estamos a falar de crianças com 8 ou 9 anos", disse, à SIC, Mariana Carvalho, da Confederação Nacional das Associações de Pais.

Professores e pais permitiram, então, o pleno uso dos manuais escolares pelas crianças. O ano letivo aconteceu e, pelo que é relatado à SIC,
uma semana antes de acabar o ano escolar, surge uma nova nota com informação contrária. Agora, os manuais dos alunos do 3º e 4º anos
tinham de ser devolvidos e só os do 3º ano tinham de estar em condições que permitissem a reutilização.

"Não podiam ter nada escrito, não podiam ter capas dobradas, tinham de estar praticamente novos. Nenhum manual do 3º ano tinham estas condições porque foram usados, tinham recortes, pinturas", acrescentou Mariana Carvalho.

Aqui surge a confusão. É que os pais só conseguem ter acesso aos vouchers para manuais gratuitos para o ano seguinte se os do ano anterior forem devolvidos em bom estado para reutilização, por isso, há famílias a quem o acesso aos manuais gratuitos está a ser recusado.

A Confederação Nacional das Associações de Pais garante que já lhes chegaram centenas de pedidos de ajuda.

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