O contrato de manutenção do Elevador da Glória terminou no final de agosto e o novo concurso não foi adjudicado por causa do preço, mas a Carris garante que está em vigor, desde 1 de setembro, um novo contrato e que não houve qualquer interrupção da manutenção.
Num documento a que a SIC teve acesso, é possível verificar que o contrato de manutenção deste sistema terminou a 31 de agosto e que o novo concurso não foi adjudicado, dado que as propostas apresentadas eram “superiores ao preço-base”, de 1,9 milhões de euros sem IVA.
Em reação, a Carris garante que tem em vigor um contrato para a manutenção do elevador, desde 1 de setembro, e que não houve qualquer interrupção no serviço de manutenção dos equipamentos. A SIC sabe que se trata de um ajuste direto.
Esta noite, o presidente da Carris explicou que a manutenção destes sistemas é feita por uma empresa externa há 14 anos.
Em comunicado, a empresa informou ainda que foram "realizados e respeitados todos os protocolos de manutenção" e que o Elevador da Glória tinha realizado a última manutenção geral em 2022 e a reparação intercalar em 2024.
A manutenção geral, informa, ocorre de quatro em quatro anos e a intercalar de dois em dois.
"Têm sido escrupulosamente cumpridos os programas de manutenção mensal, semanal e a inspeção diária", garante a Carris.
O Elevador da Glória descarrilou esta quarta-feira na Calçada da Glória, em Lisboa, junto à Avenida da Liberdade. O acidente fez 15 mortos e 18 feridos, cinco dos quais em estado grave. A origem do acidente ainda não é conhecida, mas poderá ter sido provocado por um cabo do elevador que se soltou.
Ao que a SIC apurou, a PJ enviou para o local a brigada de homicídios e técnicos do laboratório de polícia cientifica especializados em ADN, criminalística, desastres em massa e mecânica. Em causa podem estar crimes de negligência ou com dolo eventual.