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Nuno Melo acusa Carneiro de mentir e culpa PS por atraso na compra de aviões Canadair

No programa "Facto Político", da SIC Notícias, o ministro assegura que os socialistas não queriam os aviões por causa dos custos operacionais e que foi o Governo de Luís Montenegro que desbloqueou a compra.

Catarina Marques

Diogo Teixeira Pereira

Vanda Paixão

Nuno Melo acusa José Luís Carneiro de mentir. O ministro da Defesa responsabiliza o PS pelo atraso na compra de aviões Canadair para combater os incêndios. Defende ainda que o PSD fez mais este ano para prevenir os fogos do que o PS fez numa década. 

Sacudir as culpas do capote é o que Nuno Melo diz que o PS está a fazer, quando o assunto é as falhas no combate aos incêndios. O ministro afirma que José Luís carneiro está a faltar à verdade sobre a compra de meios aéreos.  

O secretário-geral do PS tem dito que os Canadair foram uma opção de um governo PS. É falso”, declarou no programa “Facto Político” da SIC Notícias. 

Exibindo um documento que aponta como “um protocolo entre a Força Aérea Portuguesa e a Autoridade Nacional de Protecão Civil” assinado em 2015, ainda pelo governo de Passo Coelho, Nuno Melo assegura que o PS não queria os Canadair por causa de custos operacionais.  

Quanto a responsabilidades pelo drama dos incêndios deste ano, Nuno Melo recusa-as e corrobora as palavras do ministro da Agricultura: alega que o PSD fez mais em um ano e meio do que os governos do PS em oito anos.  

O ministro da Defesa afirma ainda que foi o Executivo de Luís Montenegro que desbloqueou a compra dos Canadair, que o PS tinha recusado. 

Este ano, foram assinados 21 contratos com oito empresas de meios aéreos de combate a fogos, avança o jornal Público, com um custo estimado que ultrapassa os 86 milhões de euros. Mas sobre algumas das empresas envolvidas recaem suspeitas de corrupção e combinação de preços em concursos de aluguer de meios aéreos, como é o caso da Helibravo. 

Já em março, o semanário Expresso tinha noticiado que o tribunal proibiu oito empresas do chamado "cartel do fogo" de participarem em concursos estatais durante nove meses. A Helibravo é uma das empresas que a Polícia Judiciaria está a investigar por alegada viciação de concursos.

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