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Demolições suspensas no bairro do Talude, moradores improvisam abrigos no meio dos destroços

No bairro do Talude, em Loures, a situação está mais calma. A câmara mandou parar e retirar as máquinas depois decisão do tribunal administrativo de Lisboa, favorável a mais uma providência cautelar para travar as demolições.

Rita de Sousa

Joana Rita de Almeida

Álvaro Oliveira

Ricardo Tenreiro

A situação está mais calma no bairro do Talude, em Loures. A decisão do tribunal administrativo de Lisboa, favorável a mais uma providência cautelar para travar as demolições, obrigou a Câmara a mandar parar e retirar as máquinas.

Neste momento, a decisão está a ser cumprida. Em comunicado, a câmara de Loures disse que ia respeitar a decisão do tribunal. Tem agora cinco dias para contestar a decisão. Antes da ordem de suspensão, mais de 50 habitações foram destruídas e cerca de 100 pessoas ficaram sem casa.

O despacho do tribunal veio dar alívio aos moradores que, em poucos dias, viram quase tudo o que tinham ser destruído. Muitos moradores dizem não ter para onde ir e, por isso, neste momento improvisam abrigos de forma a conseguir ainda manter o pouco que lhes resta.

As demolições no bairro ilegal do Talude começaram na segunda-feira. Para as tentar parar, os moradores estiveram ao longo do dia em protesto.

Os ânimos acabaram por subir de tom, com pessoas a deitar-se no chão para impedir que as retroescavadoras avançassem, e o corpo de Intervenção da Polícia de Segurança Pública (PSP) foi chamada ao local.

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