A época balnear está quase a começar e o interior continua sem nadadores-salvadores suficientes para todos os pedidos que chegam à Orla Periférica, a associação que abrange os distritos da Guarda, Castelo Branco e Portalegre.
Os três distritos precisam de 400 nadadores, mas o número disponível é bastante mais baixo. Um dos problemas é a formação, pois faltam cursos e também quem, aqui, os possam ministrar.
“Se pensarmos que há oito anos eram cerca de uma centena de formadores, o último mapa que foi publicado na página da autoridade marítima mostrava que éramos cerca de meia centena, portanto, essa também é outra dificuldade. Formadores para ministrar os cursos que são muito poucos e mais aqui no interior. Nestes distritos conheço dois formadores”, conta Filipe Batista, presidente da Orla Periférica e formador.
O salário médio de um nadador-salvador já ronda os 1500 euros por mês, valor que pode em alguns casos subir, devido à grande procura. E isso tem levado a que muitos desistam, pois há muitos que pedem benefícios fiscais e redução de propinas. Este responsável pede ainda outro tipo de reconhecimento para a profissão.
A associação sabe, também, que há espaços que acabam por ficar fechados por falta de vigilância, outros que arriscam o funcionamento sem nadador-salvador e também que há praias fluviais que não estão identificadas dessa forma, para não existir essa obrigatoriedade.