Nas primeiras horas do apagão, nesta segunda-feira, não houve qualquer recomendação da Proteção Civil à população. A única mensagem que alguns receberam chegou quase nove horas depois, pedindo serenidade e garantindo a normalização em breve.
Mais uma vez, a Proteção Civil é criticada por pouco ou nada ter feito, dando azo à circulação de notícias falsas.
“Após o momento em que constatamos o facto do apagão geral, deveria ter havido uma comunicação oficial da Proteção Civil a informar o que é que estava a acontecer e a delinear algumas medidas, o que poderia ter acalmado a população”, sublinha Jorge Silva, vice-presidente da Associação de Técnicos da Proteção Civil.
Crítica partilhada por André Morais, especialista em Proteção Civil, que afirma que o período temporal entre o apagão e a SMS à população foi “demasiado longo” e “gerou contrainformação”.
“Quanto mais tempo em silêncio, esse silêncio é ocupado por ideias erradas.”
A própria Rede Nacional de Emergência e Segurança voltou a falhar. O Governo explica que pouco mais podia ter feito.
“O SIRESP não funcionou a 100%, teve falhas. (...) A preocupação do Governo foi comunicar, com as limitações que tínhamos. Estamos perante uma enorme fragilidade e impotência”, reconheceu o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.
Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou, desde as 11:30 de segunda-feira, Portugal e Espanha.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades foram algumas das consequências do "apagão".
O restabelecimento de energia aconteceu de forma gradual ao longo do dia, começando pela zona centro do país.