Um corte generalizado no abastecimento elétrico afetou, na segunda-feira, Portugal e Espanha, continuando sem ter explicação por parte das autoridades.
Aeroportos fechados, congestionamento nos transportes e no trânsito nas grandes cidades e falta de combustíveis foram algumas das consequências do "apagão".
Depois deste incidente, muitas vozes se levantaram para exaltar a importância da nacionalização da REN - Redes Energéticas Nacionais.
Em entrevista na Edição da Noite, da SIC Notícias, João Galamba, ex-ministro das Infraestruturas, refere que a nacionalização da empresa não iria impedir este apagão energético.
Galamba abordou também o caso da Ucrânia, um país em guerra que conseguiu debelar os problemas energéticos face aos ataques russos.
"Hoje perguntaram-me como é que a Ucrânia a ser bombardeada não teve apagões como nós tivemos. Não teve porque espalharam geradores de backup por todo o país. Portugal não poder ter um gerador e uma central de arranque autónomo a cada esquina", apontou o ex-governante socialista.
Com o serviço de energia restabelecido na totalidade, assim como o de abastecimento de água - que afetou algumas localidades -, é agora o tempo de balanços, avaliações e críticas. Governo e Proteção Civil estão a ser alvo de contestação pelo "falhanço" e "demora" na reação.
Para já, e sem uma explicação oficial para o que deixou Portugal e Espanha às escuras, Luís Montenegro anunciou que vai pedir uma auditoria europeia e avaliar "falhas no SIRESP".