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PSD e CDS chegam a acordo para solução de governo maioritário

O PSD/Madeira só precisava de um deputado para atingir a maioria absoluta no Governo Regional, algo que consegue agora com o auxílio dos CDS-PP, que passa a integrar o Executivo insular.

SIC Notícias

O PSD e o CDS acabam de assinar um acordo de coligação pós-eleitoral que permite a constituição do novo Governo Regional da Madeira. Miguel Albuerque não confirma, mas José Manuel Rodrigues, líder do CDS/Madeira, deverá ficar com a pasta da Economia.

O anúncio foi feito esta terça-feira no Funchal pelos líderes das duas estruturas partidárias.

"O presidente do CDS irá integrar o Governo [Regional]", afirmou Miguel Albuquerque, presidente do executivo desde 2015 e vencedor das eleições legislativas regionais de domingo, sublinhando que a solução terá ainda de ser apresentada ao representante da República na Madeira.

O líder do PSD/Madeira escusou-se a adiantar qual o cargo que José Manuel Rodrigues terá no futuro Executivo, lembrando que existe "um conjunto de diligências institucionais a cumprir".

"O governo ainda não foi apresentado, nem pode ser apresentado porque temos um conjunto de diligências institucionais a cumprir. Em primeiro lugar, os partidos vão ser ouvidos na próxima sexta-feira pelo senhor representante da República e, na sequência dessa auscultação dos partidos, depois o senhor representante irá determinar a constituição do governo", enumerou.

No entanto, o jornal Expresso avança que o acordo entre os dois partidos inclui a integração de José Manuel Rodrigues, do CDS, no Governo Regional. O líder dos centristas no arquipélago fica, assim, com a pasta da economia.

A partir daí, "dentro do prazo que está estipulado", Albuquerque terá "a função de apresentar o governo", num processo em que é importante "fixar etapas".

"O que nós fizemos foi aquilo que tem de ser feito: em primeiro lugar, a prioridade era estabelecermos um acordo de entendimento parlamentar e governativo que nos permitisse constituir um governo com segurança e, segundo, plasmado num conjunto de princípios que tem consagrados e que obrigam os dois partidos", disse.

Ainda na segunda-feira, em entrevista à SIC Notícias, o recém-eleito presidente do Executivo insular tinha avançado que um acordo entre os sociais-democratas e os democratas cristãos era previsível e estava para breve.

PSD conquistou 23 lugares na Assembleia Legislativa

De acordo com os resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, nas eleições legislativa regionais antecipadas de domingo, o PSD obteve 62.085 votos (43,43%) e 23 lugares na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados.

A segunda força política mais votada foi o Juntos Pelo Povo (JPP), que alcançou 30.094 votos (21,05%) e 11 mandatos no parlamento regional, enquanto o PS passou de segundo para terceiro lugar, com 22.355 votos (15,64%) e oito lugares.O Chega elegeu três deputados, com 7.821 votos (5,47%), o CDS-PP conquistou um mandato com 4.288 votos (3,00%) e a IL também um mandato, com 3.097 votos (2,71%).

Além destas seis forças políticas que elegeram deputados, candidataram-se ainda às eleições, as terceiras legislativas na Madeira em cerca de um ano e meio, a CDU (PCP/PEV), PAN, BE, Livre, Força Madeira (PTP/MTP/RIR), ADN, PPM e Nova Direita.A Assembleia Legislativa da Madeira passa agora a ser composta por 23 deputados do PSD, 11 do JPP, oito do PS, três do Chega, um do CDS-PP e outro da IL.

O representante da República na Madeira, Ireneu Barreto, já anunciou que vai ouvir, na sexta-feira, os seis partidos que garantiram assento na Assembleia Legislativa, menos um do que na atual composição do parlamento do arquipélago, que incluía ainda uma representação do PAN.

Em atualização

Com Lusa

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