A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) confirmou, esta sexta-feira, confirma que o inquérito aberto ao agente Bruno Pinto, depois do homicídio em outubro do ano passado, foi agora convertido em processo disciplinar.
"O processo de inquérito foi concluído no dia 27 de fevereiro de 2025, com determinação de abertura de processo disciplinar ao agente da PSP por despacho da senhora ministra da Administração Interna, acolhendo proposta da IGAI", refere a instituição.
E assim, enquanto o caso é julgado no tribunal da Amadora, este novo processo agora instaurado pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) vai determinar quais as medidas disciplinares a aplicar ao agente, se deve ou não ser expulso da PSP, caso fique provado que usou a arma de fogo de forma indevida.
Bruno Pinto, entretanto transferido para outra esquadra, encontra-se de baixa psiquiátrica e na semana passada viu a justiça decidir que não pode voltar ao trabalho até que o processo judicial seja concluído.
Apesar de acusado do crime de homicídio simples e de arriscar uma pena de prisão de 16 anos, o agente da PSP queria continuar em funções, mas o tribunal agiu em sentido contrário e determinou a suspensão imediata de funções.
A investigação entende que existia "perigo de perturbação da ordem e tranquilidade públicas" se continuasse em funções. A Polícia Judiciária, que investigou o caso, concluiu que o agente da PSP terá contado às autoridades três versões contraditórias sobre os factos ocorridos na madrugada de 21 de outubro.
Odair Moniz de 43 anos morreu depois de atingido com duas balas disparadas pela arma de serviço de Bruno Pinto.