Há várias versões sobre as circunstâncias da morte de Odair Moniz, na Cova da Moura, em outubro. Os agentes da PSP que estiveram no local contam histórias diferentes sobre a existência de um punhal, mas nas imagens de videovigilância não é possível ver uma arma branca.
Há versões diferentes o dia da morte de Odair Moniz. Um dos pontos que está por esclarecer é se o punhal com 25 centímetros encontrado nas imediações do local do crime foi ou não usado para ameaçar o agente da PSP.
A conclusão do relatório da PJ aponta incongruências nas declarações dos restantes agentes da PSP que estiveram no local da morte de Odair Moniz.
A PJ diz que uns viram a faca à chegada ao local, outros só depois do corpo ter sido retirado pela equipa médica. Há mesmo quem não tenha visto o punhal em momento algum. As imagens das câmaras de videovigilância revelam isso mesmo.
O Correio da Manhã diz que nas imagens não é possível ver uma arma branca na mão de Odair Moniz. Já de acordo com o Expresso, o agente responsável pela investigação coloca a hipótese da faca ter sido plantada no local do crime.
Versões distintas daquela que foi dada inicialmente pelo agente da PSP que escreveu o auto de notícia enviado ao Ministério Público. O auto diz que o PSP foi ameaçado com um punhal por Odair Moniz. Mas, à PJ, o agente não falou em qualquer tentativa de agressão. Disse apenas que viu um objeto parecido com um lâmina numa das bolsas que o homem usava à cintura.
Apesar de a faca ter sido apreendida nas imediações local, nada indica que tenha sido utilizada para agredir o agente.
O polícia que matou Odair Moniz foi acusado de homicídio pelo Ministério Público.
A acusação indica que Odair Moniz morreu devido ao primeiro disparo na zona do tórax a uma distância inferior a 50 centímetros e que foi ainda atingido uma segunda vez. A acusação vai ainda mais longe: não confirma a versão oficial da PSP de que Odair teria ameaçado os agentes com uma faca.