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"Afinal, somos um país de alunos com deficiência ou de alunos normais?"

Um 'bate-boca' entre o Bloco de Esquerda e o Chega sobre ensino especial causou polémica e marcou o debate no Parlamento, esta quarta-feira.

Kathleen Araújo

António Soares

O ensino especial provocou uma polémica no Parlamento. O Bloco de Esquerda quer mais meios nas escolas para os alunos com necessidades especiais, mas o Chega garante que o que é preciso é apostar no ensino daqueles que o partido designa como "alunos normais".

O Bloco de Esquerda alertou esta quarta-feira para um problema que se arrasta há anos: a falta de meios financeiros e humanos nas escolas para acompanhar os alunos com necessidades especiais, como explicou, na Assembleia da República, a deputada Joana Mortágua.

Quem também entrou em cena no debate parlamentar foi o deputado do Chega João Tilly, para negar a falta de professores e dizer que a educação especial não devia ser mais especial nas políticas do que o ensino para os alunos a que chama de “normais”.

Declarações polémicas aos olhos do Movimento Cidadão Diferente, que acusam o deputado do Chega de insensibilidade e desconhecimento total sobre as dificuldades vividas pelos alunos com deficiência.

Lacunas nas escolas afetam esmagadora maioria de alunos do ensino especial

Atualmente 80% dos estudantes com necessidades especiais enfrentam obstáculos nas escolas portuguesas,
desde falta de recursos adequados à ausência de apoio especializado.

Enquanto isso, as famílias têm de suportar o peso dos custos financeiros.

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