Os ministros da Justiça de Portugal e Brasil vão assinar dois acordos na Cimeira Luso-Brasileira para combater o crime organizado e terrorismo. Os documentos permitem trocar informações e antecedentes criminais de alvos em investigação.
Os acordos na área judicial estão a ser desenhado há vários meses.
Pretendem combater o tráfico de droga e a lavagem dinheiro ao permitir às polícias de os dois países acederem aos antecedentes criminais de quem esteja a ser alvo de investigação.
Os documentos contemplam ainda a troca de dados da criminalidade transnacional.
Comissão de Proteção de Dados avaliou situação
Estes acordos, que podem ser um importante auxílio para a investigação, implicam a transmissão de dados pessoais para o Brasil.
Por esse motivo, exigiu dois pareceres da Comissão Nacional de Proteção de Dados.
A facilidade de comunicação, com o mesmo idioma, pode ter contribuído para a instalação de organizações criminosas brasileiras em Portugal.
A investigação ao Primeiro Comando da Capital, conhecido como PCC, está atribuída à Unidade de Combate ao Terrorismo da Polícia Judiciária.
O PCC é considerado uma das mais perigosas organizações criminosas da América latina combatida há vários anos no Brasil. Muitos dos elementos estão sinalizados.
Como é feita a lavagem de dinheiro
Souza Lopes, é coronel e líder do Centro de Inteligência da Polícia Militar de São Paulo.
Nos últimos anos tem trocado mais informação com autoridades portuguesas e à SIC explicou que a lavagem de dinheiro é feita através de empresas de fachada.