Desporto

Máfia brasileira suspeita de usar futebol português para lavar dinheiro

O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol já abriu uma investigação. O Fafe é um dos clubes na mora, depois de ter sido comprado por um empresário sinalizado como membro do PCC, uma rede brasileira de branqueamento de capitais.

SIC Notícias

Há suspeitas de que a máfia brasileira esteja a usar o futebol português para lavar dinheiro. O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol abriu um processo de investigação. O Fafe é um dos clubes visados, por ter sido comprado por um empresário brasileiro suspeito de ligações a uma organização criminosa.

As autoridades acreditam que existem vários elementos com ligações ao PCC – o "Primeiro Comando da Capital", a maior organização criminosa do Brasil. São suspeitos de lavar dinheiro através do futebol português.

Segundo uma investigação do jornal Público, o agente do jogador Éder Militão, o empresário Ulisses de Souza Jorge, tem liderado as negociações com vários clubes portugueses, nos últimos dois anos. O primeiro alvo terá sido o Varzim e a futura SAD, em agosto do ano passado. O negócio esteve quase fechado, mas a criação de uma sociedade desportiva não foi aprovada pelos sócios, em assembleia geral.

Seguiram-se os clubes de Felgueiras e de Vila Verde, com propostas superiores a 2 milhões de euros. Enquanto aguardavam pela entrada nas respetivas sociedades desportivas, instalaram-se em Fafe.

Derlei é o rosto da SAD do Fafe e representante de Ulisses de Souza na sociedade desportiva. Ao jornal Record, o antigo avançado de Porto, Benfica e Sporting desmentiu ligações do empresário brasileiro ao crime organizado no Brasil. Recorda que a notícia não é recente e afirma que tem por objetivo denegrir a imagem de Ulisses de Souza e do clube fafense.

Ulisses de Souza Jorge estará sinalizado pelas autoridades brasileiras como um dos homens de negócios que pertencem à rede de branqueamento de capitais do "Primeiro Comando da Capital".

O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol abriu uma investigação para averiguar se esta organização criminosa brasileira está a usar os clubes portugueses para investir dinheiro proveniente do tráfico de droga.

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