Com medo de represálias, não querem mostrar o rosto, mas dão voz às queixas delas e de outros técnicos auxiliares de saúde. São funcionárias da Unidade Local de Saúde de Entre o Douro e Vouga, em Santa Maria da Feira.
“Neste momento eu sinto-me completamente explorada. O hospital pressiona-nos diariamente para que façamos as nossas tarefas e tarefas que também não nos competem. Ou seja, limpeza de casas de banho, limpezas de corredores exteriores, limpeza de copa. Portanto, tudo aquilo que nós sabemos não serem as nossas tarefas”, explica uma funcionária.
Acusam a administração e as chefias de assédio moral e pressão excessiva. Uma situação que começou logo que foi reconhecida por lei a nova carreira profissional dos Técnicos Auxiliares de Saúde.
Através do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e Entidades com Fins Públicos, já apresentaram dezenas de queixas na Autoridade para as Condições do Trabalho .
Contactada pela SIC, a ULS de Entre o Douro e Vouga nega todas as acusações, principalmente as que denunciam um clima de intimidação ou de assédio moral. E responde que está disponível para o diálogo. Administração e auxiliares de saúde têm reunião marcada para o próximo dia 17.