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André Ventura "fingiu" não ter conhecimento de casos graves dentro do Chega, diz fundador do partido

O fundador e ex-militante do Chega, Nuno Afonso, garante que André Ventura tinha conhecimento de alguns casos "graves" dentro do partido, mas preferiu "fingir" que não sabia de nada. Nas últimas semanas, três deputados do partido viram-se envolvidos em polémicas: Nuno Pardal Ribeiro, João Paulo Sousa e Miguel Arruda.

Mariana Jerónimo

O Chega está novamente envolvido em mais uma polémica. Desta vez o protagonista é Nuno Pardal Ribeiro, dirigente do partido, acusado pelo Ministério Público de prostituição de menores depois de ter pago 20 euros a um jovem de 15 anos em troca de atos de cariz sexual.

André Ventura reagiu a este caso e admitiu expulsar Nuno Pardal do partido que defende "tolerância zero ao crime".

Em entrevista à SIC Notícias, Nuno Afonso, antigo fundador e ex-militante do Chega, garante que informou André Ventura sobre alguns casos graves e que o líder do partido "fingiu" não ter conhecimento.

Conta ainda que o agora deputado Bruno Nunes, candidato do Chega à Câmara Municipal de Loures, se envolveu em altercações físicas com um funcionário do partido, que terá sido despedido. Expõe também que existem autarcas com historial de violência doméstica e do conhecimento de André Ventura.

"O André [Ventura] sabia que ele [presidente da distrital de Aveiro] tinha sido condenado por violência doméstica", refere.

Nos últimos anos, vários membros do Chega têm tido problemas com a Justiça dentro e fora do país, incluindo o seu líder. Só nas últimas semanas, além de Nuno Pardal, outros dois deputados viram-se envolvidos em polémicas:

Nuno Afonso defende que o Chega não trouxe credibilização à política portuguesa e que André Ventura se faz rodear das pessoas erradas. O antigo número dois do partido lançou um livro, onde expõe alguns casos polémicos que envolvem membros do Chega.

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