O Chega está novamente envolvido em mais uma polémica. Desta vez o protagonista é Nuno Pardal Ribeiro, dirigente do partido, acusado pelo Ministério Público de prostituição de menores depois de ter pago 20 euros a um jovem de 15 anos em troca de atos de cariz sexual.
André Ventura reagiu a este caso e admitiu expulsar Nuno Pardal do partido que defende "tolerância zero ao crime".
Em entrevista à SIC Notícias, Nuno Afonso, antigo fundador e ex-militante do Chega, garante que informou André Ventura sobre alguns casos graves e que o líder do partido "fingiu" não ter conhecimento.
Conta ainda que o agora deputado Bruno Nunes, candidato do Chega à Câmara Municipal de Loures, se envolveu em altercações físicas com um funcionário do partido, que terá sido despedido. Expõe também que existem autarcas com historial de violência doméstica e do conhecimento de André Ventura.
"O André [Ventura] sabia que ele [presidente da distrital de Aveiro] tinha sido condenado por violência doméstica", refere.
Nos últimos anos, vários membros do Chega têm tido problemas com a Justiça dentro e fora do país, incluindo o seu líder. Só nas últimas semanas, além de Nuno Pardal, outros dois deputados viram-se envolvidos em polémicas:
- Miguel Arruda foi constituído arguido por suspeita de furto de malas nos aeroportos de Lisboa e Ponta Delgada.
- José Paulo Sousa foi apanhado numa operação STOP com 2,25 g/l de álcool no sangue.
Nuno Afonso defende que o Chega não trouxe credibilização à política portuguesa e que André Ventura se faz rodear das pessoas erradas. O antigo número dois do partido lançou um livro, onde expõe alguns casos polémicos que envolvem membros do Chega.