O Presidente da República espera que o próximo Orçamento do Estado seja aprovado. Diz que é uma questão que se vai colocar a seguir ao verão. As declarações de Marcelo Rebelo de Sousa surgem depois de Pedro Nuno Santos ter dito que Partido Socialista tem de estar pronto para eleições antecipadas.
"É um problema que se vai colocar no verão. Se entramos no ano que vem com um Orçamento do Estado aprovado ou entramos sem ele aprovado. Naturalmente não será indiferente no plano interno e externo", afirmou o chefe de Estado, acrescentando que já não será presidente em junho de 2026.
Pedro Nuno Santos acredita na possibilidade de eleições antecipadas. Numa entrevista ao Expresso, que será publicada na íntegra esta sexta-feira, o secretário-geral socialista revelou que já tem datas para os Estados Gerais, que vão servir para preparar o partido.
E por que razão é importante esta data?
Os Estados Gerais devem depois estender-se por um ano, até abril de 2026. Antecipando um eventual chumbo do Orçamento do Estado para 2026, o fim do processo no PS coincidiria precisamente com a realização das eleições antecipadas.
É que, recorde-se, nessa altura Marcelo Rebelo de Sousa estará no último semestre do mandato, pelo que já não poderá dissolver o Parlamento. Assim sendo, em caso de chumbo do orçamento, só o próximo Presidente da República poderá convocar eleições antecipadas, apontando para o início de maio.