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Hugo Soares acusa Pedro Nuno de "desonestidade" e explica aumento dos combustíveis

O preço dos combustíveis sofre esta segunda-feira o maior aumento desde 2022. O líder do PS acusou o primeiro-ministro de mentir sobre o aumento dos impostos. Hugo Soares responde que o discurso de Pedro Nuno Santos mostra desonestidade política.

Inês Reguengos

Vítor Caldas

Paulo Tavares

É o último dia para abastecer antes de uma nova subida do preço dos combustíveis. O valor médio do gasóleo deve passar para 1.70 euro por litro, com um aumento de 5.5 cêntimos, e a gasolina deve aumentar 3 cêntimos, passando a custar uma média de 1.78 euro por litro.

O aumento, o maior desde 2022, levou o secretário-geral do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, a acusar o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de mentir aos portugueses.

"O primeiro-ministro disse que este Orçamento do Estado [OE] era o primeiro da história sem aumentos de impostos. Bastou chegar ao dia 1 de janeiro e ninguém deu por ela. Vão dar por ela na segunda-feira quando forem atestar. Foi logo a 1 de janeiro que foi publicada a portaria que aumenta o Imposto sobre Produtos Petrolíferos. Não bastaram seis dias para que aquela afirmação passasse a ser uma das mentiras que marca este Governo e o atual primeiro-ministro", afirmou Pedro Nuno Santos, em Ponte da Barca, distrito de Viana do Castelo.

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, respondeu a dizer que o discurso de Pedro Nuno Santos mostra “desonestidade política”.

“Creio que só por manifesta desonestidade política é que o secretário-geral do Partido Socialista pode fazer essas afirmações. Há um desnorte no PS. Os preços dos combustíveis vão aumentar, mas por força da desvalorização do euro e da subida do petróleo nos mercados mundiais, como vai acontecer em todos os países. Na política não vale tudo.”

Associação diz que descida de impostos podia ajudar

Mas a esquerda não foi a única a deixar críticas. André Ventura utilizou a rede social X para acusar o Governo de hipocrisia.

O aumento do preço do petróleo é indicado como uma das principais razões para esta subida, mas a Associação Nacional de Revendedores de Combustível acredita que uma descida de impostos podia aliviar estes aumentos.

Por agora, assistimos à maior subida no preço dos combustíveis dos últimos três anos.

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