A menos de um ano das autárquicas, o PS só vai escolher o candidato a Lisboa depois das eleições para a Federação Socialista da capital. E Pedro Nuno Santo não será o candidato.
Entronizado há um ano como líder do PS, Pedro Nuno Santos não conseguiu entrada imediata para a galeria de reis magos.
“Este capítulo escrito pelos governos socialistas liderados por António Costa encerra-se agora. Outro se iniciará com as eleições de março próximo.”
No novo capítulo, bem diferente, iniciado a 10 de março, foi-se o último rei mago socialista no presépio da governação, mais a mirra, o incenso e o ouro entregues à tangente a Luís Montenegro pelos reis magos eleitores.
“A direita ou AD que não conte com o PS para governar."
O secretário-geral do PS, que assumiu o lugar em Dia de Reis, ficou na incómoda posição de pretendente ao trono, um cenário que nada mudou depois da vitória com Marta Temido no campeonato de aspirantes das eleições europeias.
Ganhar por pouco deu para aguentar os críticos dentro do partido, mas o caminho já obrigou o líder socialista a alguns golpes de rins a começar no orçamento que tinha prometido dificilmente viabilizar.
Não foi só o orçamento do Estado. No percurso, ficaram derrotas nas eleições regionais dos Açores e da Madeira, onde teve de contornar uma palavra dada para a Assembleia da República.
Daqui a um ano chegam as eleições presidenciais com algumas pressas inesperadas a atrapalharem a palavra do líder.
"Com certeza que nas presidenciais o PS apoiará um candidato como há muito tempo não faz (...) António Vitorino, António José Seguro, Mário Centeno."
Um passo atrás, Pedro Nuno Santos remete tudo para mais tarde. Por agora, a prioridade são os candidatos às eleições autárquicas.
Fonte próxima do secretário-geral do PS garantiu à SIC que Pedro Nuno Santos é apenas candidato em eleições para primeiro-ministro e que sempre esteve fora de causa qualquer candidatura a uma Câmara Municipal.