O ensino privado tem vindo a ganhar espaço um pouco por todo o país e representa já 32% do total de escolas. A percentagem é mais elevada em Lisboa e no Porto onde a oferta privada ronda os 60%.
“Penso que há alguma instabilidade da escola pública, nomeadamente, tendo em conta as greves que ocorreram já há uns anos a esta parte que gera alguma instabilidade e será um critério, também, que os pais estão a aproveitar para matricular os filhos nas escolas privadas”, diz Filinto Lima da associação de diretores de Agrupamentos de Escolas Públicas.
“É evidente que os pais escolhem muitas vezes os privados unicamente pelos serviços que eles prestam extra escola. De apoio, de tomar conta dos filhos, dar-lhes explicações e dar-lhes outros apoios que a escola pública neste momento não tem capacidade para dar”,
De acordo com os números da direção geral de estatísticas da educação avançados pelo Jornal de Notícias, no ano letivo de 2022/23 havia 2646 estabelecimentos privados e públicos quase 5490. Os diretores defendem que cabe ao Governo valorizar o ensino público.
No setor público contam-se menos 245 do que há sete anos, mas o número de alunos tem vindo a aumentar. Em 2022/23 estavam inscritos um milhão e meio de alunos, o segundo maior número dos últimos 10 anos.
A tendência de crescimento tem vindo a acentuar-se e nunca como em 22/23 estiveram tantos estudantes inscritos no privado. São 382 mil entre portugueses e estrangeiros.