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Oposição de Miguel Albuquerque avança com pedido de congresso extraordinário

O ainda presidente do Governo Regional da Madeira entende que realizar eleições internas é "completamente suicidário", uma vez que, considera, "o timing não é compatível" com as eleições para o executivo insular.

SIC Notícias

Na crise política da Madeira, o principal opositor interno de Miguel Albuquerque no PSD, Manuel António Correia, vai entregar, esta segunda-feira, as assinaturas necessárias para pedir um Congresso extaordinário eletivo. Miguel Albuquerque insistiu em recusar esse processo, considerando que é uma atitude sectária e contrária às regras.

Esta segunda-feira, o ainda presidente do Governo Regional da Madeira mencionou que as regras existem para "manter a credibilidade das instituições" e para garantir que as mesmas "não são afetadas por surtos de egocentrismo e sectários".

Garantiu também que realizar eleições internas é "completamente suicidário", uma vez que, considera, "o timing não é compatível" com as eleições para o executivo insular.

"A minha obrigação enquanto presidente do governo é pôr os interesses da Madeira e os interesses do partido acima dos meus sentimentos e eu já estou habituado, há muitos anos, a levar facadas nas costas", atirou.

Marcelo recebe representante República para a Madeira

O representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, reúne-se esta segunda-feira com o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, para lhe transmitir que não foi possível encontrar uma solução governativa para substituir o executivo de Miguel Albuquerque.

Em 09 de dezembro, a oposição na Assembleia Legislativa tinha também votado em bloco contra as propostas de Orçamento e Plano de Investimento para 2025, pelo que a região entra no novo ano em regime de duodécimos.

A aprovação da moção de censura, já publicada em Diário da República, uma situação inédita na região autónoma, implicou a queda da XV Governo da Madeira, que estava em funções desde 06 de junho.

O executivo tomou posse na sequência das eleições regionais antecipadas de 26 de maio, que ocorreram também devido à queda do anterior executivo, com a demissão de Miguel Albuquerque, após ter sido constituído arguido num processo que investiga suspeitas de corrupção no arquipélago.

Com Lusa

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