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Últimos dias de Gouveia e Melo na Marinha dedicados a condecorações, Isaltino e Matos Fernandes entre os distinguidos

O Almirante Gouveia e Melo anunciou que passará à reserva já no final deste mês, garantindo que, ao deixar a Marinha, não voltará a falar sobre o ramo.

Afonso Guedes

Ana Geraldes

Diogo Sentieiro

Nos últimos dias como Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Gouveia e Melo tem participado em diversas cerimónias de condecoração. Entre os homenageados estão figuras como Isaltino Morais e o ex-ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, atualmente investigado no caso do lítio, mas descrito como essencial para a Marinha.

O Almirante destacou a importância de Matos Fernandes na conceção e financiamento, através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), do navio "D. João II".

Outro marco para a Marinha foi a assinatura de um contrato com a Turquia, que colocará pela primeira vez navios deste país ao serviço da NATO. Estes navios, no entanto, só chegarão em 2028, numa altura em que Gouveia e Melo já não estará na Marinha.

"Estarei em Portugal, a ver os navios chegar, com o maior prazer por ter contribuído para que viessem", disse o Almirante. Sobre o futuro, afirmou que não discutirá questões além das relacionadas com os navios.

Com a saída antecipada marcada para dezembro, Gouveia e Melo sinalizou o início de uma nova fase da sua vida após 45 anos de carreira militar. Questionado se a passagem à reserva era uma condição normal para deixar o cargo de Chefe do Estado-Maior da Armada, respondeu que não faz sentido continuar como "uma sombra" após sair da Marinha. "Não falarei mais da Marinha", prometeu.

A poucos dias do fim do mandato e de ficar livre de qualquer obrigação militar, Gouveia e Melo deixa no ar especulações sobre qual será o próximo capítulo da sua vida – talvez em Belém.

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