Cada agrupamento teve até final de outubro para reportar ao Ministério da Educação as necessidades para cada escola. Ao todo, são precisos 45 mil e 24 computadores, novos ou para reparação. O Governo já começou a transferir as verbas.
“O IGeFE [Instituto de Gestão Financeira da Educação] há 15 dias facultou-nos a verba necessária para comprar esse material digital. Neste preciso momento estamos a desenvolver o concurso público para que os nossos alunos, no mais curto espaço de tempo possível, possam ter os computadores. O paradigma da aquisição do material digital mudou. No Governo anterior era tudo centralizado, era em Lisboa, agora não. Agora cada escola desenvolve o seu processo concursal, anima a economia local e adquire os seus computadores”, explica Filinto Lima, presidente da Associação nacional de diretores de agrupamentos e escolas públicas.
No ano letivo anterior, as provas de 9º ano realizaram-se em papel, ao contrário do que estava previsto. A decisão foi tomada pelo atual ministro da Educação por considerar que tinha havido falhas por parte do Governo anterior no fornecimento do kit digital.
Os diretores dos agrupamentos de escolas estão confiantes que desta vez o problema de equipamento informático ficará resolvido a tempo. Mas chamam a atenção para outra dificuldade vivida nas escolas: as avarias constantes.
“Ainda continuamos a viver da boa vontade dos professores de informática, que muitos deles podem não ter formação para consertar computadores. O que nós pedimos ao Ministério da Educação é que na verdade dote as suas escolas de um técnico de informática que possa suprir rapidamente os estragos que os computadores possam ter”, diz Filinto Lima
O objetivo é que tudo esteja assegurado para que as próximas provas de aferição do 4º e 6 anos e as finais do 9 ano - a matemática e português - sejam realizadas em formato digital.