Em quatro anos, quase 330 mil pessoas estrangeiras, não residentes em Portugal, foram atendidas nos hospitais públicos. Mais de 140 mil destes utentes não estavam abrangidos por seguros ou acordos internacionais que cubram essa assistência.
Pelas portas das urgências dos vários hospitais do paísentram cada vez mais pessoas estrangeiras que não residem em Portugal. Só este ano, até setembro, foram atendidos mais de 92 mil estrangeirose 49,3% não tinha qualquer seguro ou acordo internacional para cobrir o custo da assistência. Trata-se de uma subida de 7%, comparando com 2023.
As contas são da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, que recolheu os dados das 39 unidades locais do país, numa auditoriaque quis fazer o balanço e perceber o impacto do chamado “turismo de Saúde”.
Desde 2021, foram atendidas quase 330 mil pessoas sem residência oficial em Portugal. Na região de Lisboa, o Hospital de São José destaca-se: recebeu cerca de 12% desses utentes, no ano passado. Muitos são turistas.
A especialidade de obstetrícia é a que recebe mais utentes estrangeiros não residentes.
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No relatório da inspeção da Saúde, fica claro que os pagamentos da prestação destes cuidadossão da responsabilidade dos utentes, mas não é divulgado se foram efetuados.
A ministra da Saúde já tinha admitido procurar informações, mas Ana Paula Martinsainda não comentou os dados agora divulgados.