À porta de um centro de consultas a migrantes em Viseu, horas antes da abertura, a fila vai ficando cada vez maior. À hora marcada a porta abre e todos entram, mas nem todos têm direito a consulta. As quatro vagas disponíveis para consulta não estavam todas preenchidas, mas a indicação dada foi para ligar para a linha Saúde 24h.
Um deles é João, que trabalha em Portugal há dois anos, tem visto de residência, mas não possui médico de família. O jovem ligou para a Saúde 24, mas afinal a ajuda não foi assim tão grande e João não conseguiu marcar uma consulta.
A SIC sabe que, entretanto, outro cidadão estrangeiro que chegou depois teve mais sorte e conseguiu garantir uma vaga entre as consultas disponíveis. João terá de regressar no final do próximos mês ou tentar outra sorte pelo telefone.
Sistema mudou, mas falta informação
O sistema alterou com a implementação do "Ligue Antes, Salve Vidas", mas à porta não há informação e ninguém sabia que esperar de pé ou sentado e ser o primeiro da fila não é garantia de ser visto por um médico.
A Unidade Local de Saúde Viseu Dão Lafões garante que foi colocada a informação para os utentes contatarem previamente o SNS 24 e que o programa “Ligue Antes, Salve Vidas” permite fazer no imediato agendamento de consulta, com data e hora.