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Mais de 6 mil crianças à espera de família de acolhimento, Governo admite mudar lei para tornar processo mais fácil

Atualmente, há apenas 388 famílias disponíveis para acolher crianças. O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social quer aumentar este número e anuncia que vai analisar as regras, para torná-las menos burocráticas.

Carolina Piedade

Salvador Reto

Ricardo Piano

Há mais de 6 mil crianças à espera de uma família de acolhimento. A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social diz querer tornar o processo mais fácile vai analisar a legislação.  

Há, atualmente, 356 crianças em famílias de acolhimento. São apenas 4% das quase 6500 que continuam na lista de espera. 

"Quase 90% do acolhimento é feito em contexto familiar. O apoio é dado conjunto aos pais ou colocando [as crianças] com outro familiar. Apesar de tudo, a maioria das situações é resolvida em contexto familiar (...), o que é sempre melhor para a criança", afirmou a ministra Maria do Rosário Palma Ramalho. 

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social vai analisar a lei, para tentar tornar o processo de acolhimento mais fácil e menos burocrático 

O objetivo, explica a ministra, é perceber se há “alguma afinação” que tem de ser feita, ao nível da regulamentação, para “tornar mais atrativo” ser família de acolhimento. 

A ideia foi posta em cima da mesa, mas ainda não é certo que alterações poderão ocorrer na legislação. O anúncio surgiu durante a sessão de lançamento da campanha nacional para promover o acolhimento familiar. 

A campanha, que arranca esta quarta-feira, vai durar um ano e conta com a colaboração de várias instituições, explicou a secretária de Estado da Ação Social e Inclusão, Clara Marques Mendes. 

Neste momento, há 388 famílias disponíveis para acolher uma criança ou jovem. Ao longo da campanha, o Governo pretende aumentar este número. 

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