Há mais de 6 mil crianças à espera de uma família de acolhimento. A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social diz querer tornar o processo mais fácile vai analisar a legislação.
Há, atualmente, 356 crianças em famílias de acolhimento. São apenas 4% das quase 6500 que continuam na lista de espera.
"Quase 90% do acolhimento é feito em contexto familiar. O apoio é dado conjunto aos pais ou colocando [as crianças] com outro familiar. Apesar de tudo, a maioria das situações é resolvida em contexto familiar (...), o que é sempre melhor para a criança", afirmou a ministra Maria do Rosário Palma Ramalho.
O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social vai analisar a lei, para tentar tornar o processo de acolhimento mais fácil e menos burocrático.
O objetivo, explica a ministra, é perceber se há “alguma afinação” que tem de ser feita, ao nível da regulamentação, para “tornar mais atrativo” ser família de acolhimento.
A ideia foi posta em cima da mesa, mas ainda não é certo que alterações poderão ocorrer na legislação. O anúncio surgiu durante a sessão de lançamento da campanha nacional para promover o acolhimento familiar.
A campanha, que arranca esta quarta-feira, vai durar um ano e conta com a colaboração de várias instituições, explicou a secretária de Estado da Ação Social e Inclusão, Clara Marques Mendes.
Neste momento, há 388 famílias disponíveis para acolher uma criança ou jovem. Ao longo da campanha, o Governo pretende aumentar este número.