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Foi detido um dos cinco reclusos que fugiu de Vale de Judeus

A informação foi avançada pela Polícia Judiciária que revela que a detenção, de um dos dois reclusos portugueses que fugiram da cadeia há cerca de um mês, aconteceu em Marrocos.

Ana Lemos

Diana Pinheiro

SIC Notícias

Um dos cinco reclusos que há cerca de um mês fugiram da cadeia de Vale de Judeus, em Alcoentre, foi detido pela Polícia Judiciária. Trata-se de Fábio Loureiro - também conhecido por Fábio “Cigano” -, um dos dois portugueses.

A SIC apurou, junto de uma fonte policial, que o Fábio “Cigano” não estava a circular mas a viver em Tânger, em casa de um outro português, que o estava a ajudar e, que também foi detido.

O evadido do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, Fábio Loureiro, foi detido, ontem, pelas 22h00, em Tânger, pelas autoridades marroquinas, com a colaboração das autoridades espanholas, em estreita articulação com a Polícia Judiciária (PJ) que, desde o dia da fuga, a 07 de setembro, desenvolveu um trabalho ininterrupto de investigação e de recolha de informação”, lê-se no comunicado enviado às redações.

A Judiciária revela que a operação, que decorreu “em menos de 24 horas”, contou com o "forte apoio da Cuerpo Nacional de Policia (CNP) espanhol e da Direção Geral de Vigilância Territorial Nacional (DGST) marroquina, com base em informação credível da PJ, de que Fábio Loureiro estaria em Marrocos".

A PJ recorda que “Fábio Loureiro está condenado pelos crimes de rapto, tráfico de estupefacientes, associação criminosa, roubo à mão armada e evasão”.

Agora será presente às autoridades judiciárias de Marrocos tendo em vista a sua extradição para Portugal para efeitos de cumprimento de pena.

Detenção um mês depois da fuga

O grupo incluía cinco elementos: dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos.

Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.

A fuga levou, entretanto, ao afastamento do direitor da cadeia e à demissão do então diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa e Gonçalves, que foi substituído interinamente por Isabel Leitão, que já integrava aquela direção-geral tutelada pelo Ministério da Justiça.

A fuga de Vale de Judeus levou a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, que ordenou uma auditoria à segurança das cadeias portuguesas, a ser ouvida recentemente sobre o caso na Comissão Parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, a requerimento da Iniciativa Liberal.

Guardas de várias cadeias do país são esperados esta segunda-feira numa concentração defronte de Vale de Judeus, promovida pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), que quer "demonstrar a união e o apoio do corpo da guarda prisional aos colegas do EP de Vale de Judeus" e, desta forma, "demonstrar que existem problemas transversais a todos os estabelecimentos prisionais e que afetam a vida de todos" estes profissionais.

Com LUSA

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