Um dos prisioneiros em fuga de Vale de Judeus, esta segunda-feira detido, foi durante muito tempo um dos homens mais procurados no Algarve. Associado a uma extensa lista de crimes, andava sempre armado e conseguiu por diversas vezes fugir às autoridades.
Escapou da prisão em calças de fato de treino e t-shirt preta a poucos dias de completar 10 anos de detenção.
Fábio Loureiro, mais conhecido como Fábio "Cigano", foi durante anos tido como um dos principais traficantes de droga e armas na região algarvia. Aos 24 anos, quando a polícia o agarrou, já andava fugido à justiça para evitar esperar julgamento em prisão preventiva.
Rapto, tráfico de droga e posse de arma proibida eram acusações que se somavam a outras suspeitas de extorsão e associação criminosa. Nessa altura, as autoridades sabiam que Fábio se movimentava sem paradeiro certo entre o Algarve e Espanha.
Para o apanhar, Policia Judiciária e Grupo de Intervenção em Operações Especiais da GNR montaram cerco a um monte, na zona de Alcoutim, onde acabou detido com outro membro do grupo, na posse de 54 quilos de haxixe, duas pistolas, munições e duas viaturas de alta cilindrada.
Na mesma altura, uma dica da PSP permitiu encontrar, nos arredores de Faro, outra casa-refúgio, onde Fábio “Cigano” escondia um quilo de haxixe, caçadeiras, carabinas e uma pistola.
Meses antes, as autoridades deram conta de um despiste de um carro na Via do Infante onde foram encontradas armas. O condutor seria Fábio Loureiro, que não tinha na altura, nem agora, habilitação legal para conduzir.
Depois de detido, começou por cumprir pena no estabelecimento prisional Pinheiro da Cruz, mas foi transferido para Alcoentre no final do ano passado.
O homem, com última morada conhecida perto do Carvoeiro, em Lagoa, tem uma pequena lágrima tatuada junto ao olho.