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Fuga de Vale de Judeus: reclusos "podem ter saído do território nacional"

Gil Carvalho, antigo diretor da PJ de Braga, diz que "havia toda uma preparação e estudo bem elaborado" dos cinco reclusos que fugiram da prisão de Vale de Judeus, bem como dos cúmplices que os ajudaram a partir do exterior do estabelecimento.

SIC Notícias

Gil Carvalho, antigo diretor da Policia Judiciária (PJ) de Braga, faz um ponto de situação sobre a operação de captura, num momento em que a PJ já assume que os cinco reclusos que fugiram do estabelecimento prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, não estarão juntos.

Em entrevista à SIC Notícias, Gil Carvalho afirma que estão a ser tomados “os passos normais em termos de inspeção" nas celas da prisão, ainda que "não pareça que objetos de fuga estivessem no interior da prisão, mas sim no exterior".

Pedro Proença, advogado do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, revelou ter sido encontrado um abrigo com características militares junto à cadeia de Vale de Judeus, que foi usado pelos cúmplices dos prisioneiros na fuga, que "têm, obviamente, preparação militar especial”.

Foram encontradas, dentro do abrigo em causa, latas de refrigerantes, que foram recolhidas pela PJ, para ver se há "eventual prova biológica" que permita a identificação dos cúmplices dos reclusos.

“Já havia toda uma preparação, um estudo prévio e bem elaborado de como fazer essa operação paramilitar", considera o antigo diretor da Polícia Judiciária de Braga.

Gil Carvalho diz que “os passos seguintes serão perceber em que modos e termos essas pessoas poderão ter abandonado o nosso país”, algo que “não é muito difícil”.

“Desde a evasão até à descoberta da evasão e a transmissão da evasão decorreu um alargado período de tempo, que poderá ter permitido a fuga do território nacional”.

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