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"Há uma nuvem cinzenta a ensombrar o sistema educativo nacional"

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas denuncia a falta de professores em disciplinas como Informática e Português.

SIC Notícias

Os diretores escolares estão preocupados com a falta de professores, principalmente em Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, as regiões mais afetadas. A menos de duas semanas do arranque de mais um ano letivo, estima-se que faltem mais de 800 professores nas escolas portuguesas.

Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), diz que há "uma nuvem cinzenta, que já vem desde o ano passado, a ensombrar o sistema educativo nacional porque não há recursos humanos em Informática, Português e outras disciplinas".

"É preciso que os professores apareçam, mas é preciso dar-lhes condições. Eu tenho pena que nestas 15 medidas que o Governo anunciou há pouco tempo não haja uma medida concreta em relação à estadia dos nossos professores, que se forem colocados longe de casa irão pagar duas rendas. O vencimento de um professor não dá para esse tipo de encargos", disse em declarações à SIC Notícias.

Filinto Lima considera que se houvesse incentivos ou medidas de apoio ao alojamento, os professores, "que maioritariamente estão no norte do país", sentir-se-iam mais motivados para irem para as escolas de Lisboa, do Alentejo e Algarve.

O presidente da ANDAEP revela ainda outro problema que está relacionado com os professores jubilados.

“Nós temos professores que estão a jubilar, são centenas por mês. E do outro lado não temos jovens suficientes capazes de colmatar estas vagas deixadas por estes professores. É um problema de todos nós e que queremos ultrapassá-lo. Agora é preciso valorizar e dignificar a carreira de docente que foi abandonada pelos nossos políticos durante muitos anos.

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