Cada estudante gasta, em média, 200 euros por ano em material escolar. Planear, aproveitar as promoções e reutilizar são as apostas dos consumidores para diminuir o esforço financeiro nesta altura do ano.
Ana Santos tem três filhos. Compra o material escolar a poucos dias do início do ano letivo, mas o tamanho da família exige que o planeamento comece bem antes.
“Já vamos pensando que, nesta altura do ano, há um bocadinho mais de gastos. Vamos sempre controlando essa situação”, explica.
Entre as escolas públicas e privadas,as listas que chegam aos encarregados de educação rondam os 20 artigos, que representam um gasto médio anual de 200 euros - o que, para muitas famílias, é sinónimo de um grande esforço financeiro.
Fazer pesquisa e procurar promoções
As famílias explicam que fazem pesquisa antes de ir às compras e que tentam balançar a qualidade e o preço do material, além de procurar os artigos que estão em promoção.
De 2022 para 2023, o preço do cabaz de material escolar subiu cerca de 14%. Os comerciantes dizem que, este ano, o preço estagnou, mas, ainda assim, notam os consumidores mais cuidadosos.
“A preocupação do preço e da promoção tem sido constante. Vemos pais e mães muito preocupados em comprar, entre as várias marcas disponíveis (...) - e, eventualmente, recorrer à comparação com a marca própria. Porque, em termos de qualidade-preço, é muito interessante (...), no sentido de aliviar um bocadinho o orçamento familiar. Às vezes têm duas ou três crianças e não é fácil”, refere Sandra Loureiro, comerciante.
Ainda que o material escolar represente para as famílias um peso nas contas, no início do ano letivo, para muitos o esforço foi aliviado com os vouchers para manuais escolares. Começaram a ser distribuídos no dia 1 de agosto aos alunos do ensino público e do ensino privado com contrato de associação.