As buscas pela quinta e última vítima da queda de um helicóptero no rio Douro, na região de Lamego, foram esta manhã retomadas, por volta das 07:30. A Polícia Marítima diz que prioridade, neste momento, é encontrar o corpo do militar da GNR desaparecido.
De acordo com o comandante Rui da Silva Lampreia, da Polícia Marítima do Douro e de Leixões, o militar poderá estar “preso na fuselagem da aeronave” no fundo e, por isso, está a ser removido o helicóptero.
A embarcação, que já está a remover os destroços do helicóptero, chegou ao local por volta das 10:10.
As buscas foram retomadas este sábado com oito equipas de mergulhadores, meios terrestres (94 operacionais e viaturas) e três drones no ar, segundo avançou aos jornalistas o comandante, durante o briefing desta manhã.
As buscas subaquáticas tinham sido suspendas durante a noite devido a condições de visibilidade e segurança. No entanto, as buscas nas margens do rio Douro continuaram durante a noite com cerca de 50 operacionais no terreno, 19 carros e um drone a sobrevoar o local.
O helicóptero de combate a incêndios florestais caiu no rio Douro por volta das 12:50 de sexta-feira, próximo da localidade de Samodães, em Lamego.
A aeronave transportava um piloto e uma equipa de cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPC) que regressavam de um incêndio no concelho de Baião.
O piloto da aeronave foi resgatado com vida, apenas com ferimentos ligeiros. Até ao momento foram localizados os corpos de quatro militares da GNR, continuando desaparecido um outro elemento.
Os militares têm entre os 29 e os 45 anos, três são naturais de Lamego, um de Moimenta da Beira e outro de Castro Daire, no distrito de Viseu.
As causas deste acidente ainda são desconhecidas. Na área estão já peritos do gabinete de acidentes com aeronaves para determinar a origem do acidente.
Falha técnica pode estar na origem da queda do helicóptero no Douro
Um dos amigos do piloto falou à SIC e revelou o que poderá ter originado a queda do AS350.
"Aquilo que se conseguiu apurar é que, de facto, se tratou de uma falha técnica, mesmo do próprio helicóptero. Do sistema de direcionamento do helicóptero que ao que tudo indica ficou preso", referiu Albano Cunha, advogado e amigo do único sobrevivente até ao momento.
O piloto de 44 anos tem "mais de 15 anos de experiência" e conheceria "muito bem a zona". O homem, que sofreu ferimentos ligeiros, foi hospitalizado e não corre qualquer perigo de vida.