Algumas autarquias já têm preparados alojamentos para professores deslocados. Só no município de Oeiras, por ano, são colocados mais de 300 docentes de todo o país. Até ao início do ano letivo, a Câmara quer disponibilizar 28 quartos a 150 euros por mês para estes docentes.
No número 22 da Rua da Fundição, em Oeiras, na Casa do General, mora um alojamento para professores deslocados, com oito quartos e rendas de 150 euros.
Com este alojamento são já que 13 os quartos que a autarquia tem para apoiar docentes colocados no município para dar aulas longe da família e do local onde residem. Só em Oeiras, dos mais de 2 mil professores, cerca de um quinto está deslocado, uma situação que se replica pelo país fora.
O afastamento do local de residência é, muitas vezes, um motivo para os professores não aceitarem a colocação e é uma das razões para a falta de professores nas escolas portuguesas.
Apesar de já existir um apoio à renda para professores deslocados e estar a ser discutida a abertura de um novo concurso e a criação de um subsidio para quem tenha sido colocado a mais de 70 quilómetros de casa, para já, as principais respostas alternativas quanto à habitação ainda estão nas mãos das dioceses, instituição e municípios.
A Câmara de Oeiras tem como objetivo conseguir alojar 50 professores deslocados nas alternativas municipais. O presidente da Câmara não descarta a possibilidade de estender a iniciativa a outras profissões, como médicos e polícias.