Um professor da Guarda foi colocado numa escola em Abrantes a 180 quilómetros de casa. O docente diz que não tem condições financeiras para trabalhar tão longe e cumprir com os encargos familiares e, por isso, agora procura novo emprego.
Vítor, professor de físico-química é uma mistura de revolta e desânimo. Docente há 27 anos, vive na Guarda e este ano letivo foi colocado numa escola em Abrantes, a 180 quilómetros de casa. Foi a gota de água que o leva a abandonar o ensino.
Empurrado para longe de casa, o docente viu-se obrigado a fazer contas à vida e nem o subsídio de deslocação que o Governo decidiu atribuir aos professores convence.
Vítor é um dos profissionais que está abrangido pela medida, mas reconhece que o dinheiro deveria ser para todos.
Desiludido com a profissão, o professor de físico-química já abandonou o ensino público uma vez. Regressou em 2020 e conquistou um lugar no quadro, mas esperava mais.
O docente tem passado os últimos dias a enviar currículos e assegura que logo que surja emprego alternativo muda de vida.