Roberto, um italiano a viver em Portugal, diz ter ficado com fissuras em casa, um moradia, provocadas pelo sismo de magnitude 5.3 na escala de Richter, em Portugal. É residente de Sesimbra.
5:11. Roberto acordou a achar que estava alguém no jardim de casa, em Sesimbra. Os seus três cães ladravam. Mas nesse mesmo instante, percebeu que se tratava de um sismo.
"A casa começou a tremer e ainda durou um algum tempo. Talvez uns 20 segundos", relata.
Ficou surpreendido. Sentiu um sismo há cerca de dois meses em Itália, mas não esperava sentir um abalo assim em Portugal. E muito menos ficar com várias fissuras em casa, tanto no interior, como no lado de fora da moradia, que fica numa zona industrial, em Sesimbra.
Em entrevista à SIC Notícias, Roberto conta que a casa ficou com várias rachas, sobretudo na parte externa. E garante que não as tinha antes do sismo registado esta madrugada, com epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines, no mesmo distrito, Setúbal.
Mas Roberto não foi caso único. Também em Sesimbra, uma moradia está em avaliação pela Proteção Civil devido a fissuras. A SIC sabe que outro morador da mesma zona teve prejuízos de centenas de euros, após objetos de vidro serem projetados para o chão com o abanão.
O chefe da Divisão de Geofísica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) disse à Lusa que o tremor de terra ocorrido esta madrugada "serve para alertar para o risco sísmico" em Portugal e para o "potencial problema" de determinadas construções.
O sismo de magnitude 5,3 na escala de Richter foi registado às 05:11. Teve epicentro a 58 quilómetros a oeste de Sines.
O abalo teve uma intensidade máxima de IV/V na escala de Mercalli, classificada como moderada a forte, sendo seguido de pelo menos quatro réplicas.
Este foi o maior sismo na região de Lisboa dos últimos 55 anos.
Não há registo de vítimas.