No dia em que arranca a 'Volta a Espanha' em Lisboa, o primeiro-ministro vem a Belém para dar o sinal de partida de um corrida que serve de aperitivo para uma das maiores provas do ciclismo a nível mundial. Luís Montenegro tem a gíria do ciclismo na ponta da língua que já o tinha mostrado na 'Volta a Portugal' e agora não resiste de novo.
"Nós estamos a pedalar em várias frentes, mas estamos a pedalar com responsabilidade para não irmos contra nenhuma parede, para não cairmos da bicicleta, para não termos nenhuma escorregadela. Faremos sempre isso com base em critérios de responsabilidade e equilíbrio orçamental", disse o primeiro-ministro.
A responsabilidade orçamental garantida por Luís Montenegro é a resposta aos que antecipam uma derrapagem nas contas certas. Não há passos em falso, mas o primeiro-ministro quer pensar além do défice.
"Não temos uma postura de primeiro castigar o povo com impostos, adiamentos de investimentos financeiros para depois apresentarmos bonitos financeiros. O fim último da política é o bem-estar das pessoas", acrescentou.
Antes de Luís Montenegro vir a público defender as medidas que apresentou a meio da semana na Festa do Pontal, já Paulo Rangel tinha aparecido para acusar o Partido Socialista (PS) de falta de sensibilidade social.
Pedro Nuno Santos foi às redes sociais dizer-se chocado com as declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros e explicar que o Partido Socialista (PS)não é contra o suplemento que o Governo vai pagar aos reformados. É antes contra a ausência de aumentos estruturais.
Para o líder da oposição não há dúvidas de que o PSD está a enganar os pensionistas com a ilusão de um aumento.
"Este Governo não fala nem para as corporações nem para os partidos políticos. Mal de mim se estivesse a governar o país a pensar naquilo que dizem os responsáveis por instituições, organizações ou mesmo partidos políticos, com todo o respeito por aquilo que é a função deles, mas nós falamos para o povo", frisou Luís Montenegro.
A falar para o povo, o primeiro-ministro vai preparando terreno para sobreviver à passagem pelo Orçamento do Estado.