O Presidente da República insiste na necessidade de um “pacto de regime” para haver continuidade política e garantir estabilidade. Marcelo Rebelo de Sousa sublinha que é “fundamental” sobretudo para o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em declarações, esta tarde, em Monte Gordo, onde se encontra a passar férias, o chefe de Estado sublinhou também que é urgente acompanhar o plano de emergência que o Governo determinou para a Saúde.
Marcelo Rebelo de Sousa nota que há situações “mais complicadas” e cuja resolução será mais “lenta” - é o caso das urgências de ginecologia e obstetrícia, que, repara “têm mais problemas de fundo”.
“Há coisas que exigem meses ou até um ano para serem resolvidas”, nota.
Além da Saúde, o Orçamento do Estado
Questionado sobre aquilo que pretendia, dos partidos, nesta altura, o Presidente da República sublinha a importância de “abertura à negociação do Orçamento do Estado”.
“Neste momento, verdadeiramente, para ser sincero, gostaria que houvesse uma abertura à negociação do OE. Era positivo. Sobretudo dos principais partidos políticos”, refere, notando que, nos próximos meses, estes deveriam unir-se em torno de um objetivo comum – estabilizar o país.
Marcelo Rebelo de Sousa gostaria ainda de ouvir os líderes partidários falarem sobre como veem “os efeitos do mundo em Portugal”. O chefe de Estado repara que há muitas “incógnitas” a nível político (como o resultado das eleições norte-americanas e o novo ciclo europeu).
Também no plano económico, apesar das “perspetivas aparentemente boas para Portugal até ao final do ano”, Marcelo Rebelo de Sousa gostaria de saber a visão dos partidos para o que se segue. “Como são para o ano que vem?”, questiona.