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Grávida com hemorragia teve de fazer 60 km: fecho de urgências torna trabalho dos bombeiros imprevisível

Com várias urgências fechadas, as equipas de emergência estão a fazer mais quilómetros e a demorar mais horas a transportar doentes. A SIC acompanhou o trabalho dos bombeiros bombeiros voluntários do Sul e Sueste, no Barreiro.

Joana Rita de Almeida

João Aveiro

David Alves

Com os constrangimentos nos hospitais as corporações de bombeiros estão a chegar ao limite. Diariamente, fazem dezenas de quilómetros no transporte de doentes urgentes, muitas vezes sem saberem o destino final.

A SIC acompanhou os bombeiros bombeiros voluntários do Sul e Sueste, no Barreiro.

Uma das três equipas de socorro transportou uma grávida de 34 semanas com uma hemorragia da Moita para o Hospital de Cascais, uma viagem de 60 quilómetros e cerca de 50 minutos, porque existiam outras urgências abertas.

A grávida chegou estável ao Hospital de Cascais, onde foi admitida e ficou em observação. Já a equipa de bombeiros regressou ao Barreiro depois do acompanhamento, que no total demorou perto de quatro horas.

Estas situações estão a repetir-se cada vez mais.

"A maior dificuldade é “nunca saber para onde é que vamos”, lamenta o socorrista Edgar Guerreiro. “Podemos ir de norte a sul”.

Além disso, porque é preciso transpor o rio Tejo, o tempo do transporte de doentes para a Grande Lisboa é imprevisível, pode demorar várias horas.

Os quilómetros acumulam, ao mesmo ritmo que os custos, e o desgaste das equipas também vai aumentando.

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