Com os constrangimentos nos hospitais as corporações de bombeiros estão a chegar ao limite. Diariamente, fazem dezenas de quilómetros no transporte de doentes urgentes, muitas vezes sem saberem o destino final.
A SIC acompanhou os bombeiros bombeiros voluntários do Sul e Sueste, no Barreiro.
Uma das três equipas de socorro transportou uma grávida de 34 semanas com uma hemorragia da Moita para o Hospital de Cascais, uma viagem de 60 quilómetros e cerca de 50 minutos, porque existiam outras urgências abertas.
A grávida chegou estável ao Hospital de Cascais, onde foi admitida e ficou em observação. Já a equipa de bombeiros regressou ao Barreiro depois do acompanhamento, que no total demorou perto de quatro horas.
Estas situações estão a repetir-se cada vez mais.
"A maior dificuldade é “nunca saber para onde é que vamos”, lamenta o socorrista Edgar Guerreiro. “Podemos ir de norte a sul”.
Além disso, porque é preciso transpor o rio Tejo, o tempo do transporte de doentes para a Grande Lisboa é imprevisível, pode demorar várias horas.
Os quilómetros acumulam, ao mesmo ritmo que os custos, e o desgaste das equipas também vai aumentando.